Dólar volta a cair com mercado retirando prêmios de risco e fecha a R$5,925
O dólar à vista fechou com queda nesta quinta-feira (23). Em uma sessão volátil, a moeda reagiu aos pedidos de Donald Trump, presidente dos EUA, para juros mais baixos. A ausência de clareza sobre tarifas ainda tem mantido a divida em patamar mais baixo. Ainda, investidores aguardavam uma rodada de anúncios de política monetária dos bancos centrais globais.
Na semana, o dólar tem queda de mais de 1%, em especial após a ausência de maiores anúncios de tarifas na segunda-feira. O mercado de câmbio brasileiro deu continuidade nesta sessão ao movimento recente de retirada de prêmios de risco das cotações, o que fez o dólar fechar em queda e se reaproximar dos 5,90 reais, ajudado ainda pela perda de força da moeda norte-americana no exterior.
Na mínima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,875.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em queda de 0,35%, aos 5,9255 reais — a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,9141 reais. Em janeiro, o dólar acumula baixa de 4,10%.
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Às 17h09, o dólar para fevereiro na B3 — atualmente o mais líquido — caía 0,29%, aos 5,9350 reais.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,925
- Venda: R$ 5,925
Dólar turismo
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- Compra: R$ 6,06
- Venda: R$ 6,24
Após ter encerrado a quarta-feira abaixo dos 6,00 reais pela primeira vez em 2025, o dólar ensaiou uma recuperação no início desta quinta-feira, em meio à incerteza nos mercados globais sobre as tarifas de importação a serem adotadas pelos EUA no novo governo de Donald Trump.
Na máxima da sessão, às 9h54, o dólar à vista foi cotado a 5,9716 reais (+0,43%).
Durante o dia, o dólar acentuou ainda mais o ritmo de queda na última hora de negócios e renovou mínima tanto no mercado à vista quanto no futuro, em sintonia com o comportamento da moeda norte-americana no exterior nesta quinta-feira, 23.
As divisas emergentes latino-americanas, em especial, beneficiam-se da diminuição da aversão ao risco na esteira das declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, em participação virtual no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
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Trump não anunciou a imposição de novas tarifas de importação a parceiros comerciais e adotou um tom mais conciliatório em relação à China. Ele afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping ligou para ele e, entre os temas da conversa, esteve a possibilidade de uma resolução para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O real apresenta o melhor desempenho entre as principais divisas globais, seguido de perto pelo seu principal par, o peso mexicano. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY renovou mínima na última hora, abaixo da linha dos 108,000 pontos, com aprofundamento das perdas da moeda americana em relação ao euro e a libra.
“Existem riscos altistas para a moeda, como a pressão inflacionária nos EUA e a dívida pública americana, que, entre outros fatores, pode levar a uma postergação da retomada do ciclo de cortes dos juros americanos, diminuindo a atratividade de outros mercados e consequentemente fortalecendo o dólar”, comenta Paula Zogbi, gerente de Research e head de conteúdo da Nomad.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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